11 de dez. de 2011

Um coração vivo.


Eu te digo, tu que fazes bater esta bola de sangue que se encontra no  lado esquerdo do meu centro. É você quem faz fluir litros de sangue ao meu corpo; sem você, eu estaria morto. Abro os olhos e te vejo, é como um condutor dos batimentos. Não consigo controlar, esqueceu que o músculo cardíaco é involuntário? Interessante é este líquido que viaja em minhas veias e as deixas fervendo de emoção, ele é vermelho da cor do coração.

3 de nov. de 2011

Confesso.


Confesso que sinto falta de alguém…
Confesso que sinto falta do carinho atrás da ouvido, da pegada abaixo do umbigo.
Confesso que, se existisse você, eu seria completo. Eu seria o ouro que prende o diamante em teu dedo.
Confesso que queria me apaixonar outra vez; fixar minha imagem na tua mente, levemente, para que o desejo agravasse devagar, tornando tudo isso mais delicioso.

Desenhando minha vida.


Vou ali, desenhar. Momento de pura nostalgia, momento meu, aquele em que eu posso desprender a poeira da minha alma, aspirar problemas e inspirar expressões.
Eles disseram que não levo jeito, eu pensei : ” Eu sou o artista, eu não preciso que me avaliem, aliás, não faço para ninguém e sim para o meu espírito, principalmente com a libertação das cores”.
Minhas mãos são habilidosas e ao mesmo tempo iniciantes, traçam delicadas linhas quando sinto-me inseguro, quando a perfeição esmurra minha mente. O traçado grosseiro vem de pura expressão, pura vontade de atravessar o papel com perfeitas unções de retas e curvas.

22 de ago. de 2011

Reconstruindo um coração



Não é que você não sirva, são eles que são incompetentes demais para você. Você, que chegou até aqui para amar, passando por cima de todos, de tudo! Ei, olha para mim... Enxuga tuas lágrimas, repõe teus óculos que te ajudam a enxergar o bom da vida, a felicidade. Não só espere a peça perfeita, mas a peça que se encaixa melhor no teu coração incompleto...este que não se constrói por rótulos e sim pela boa propaganda.

24 de jul. de 2011

Voz Interior

Quando tu estás só em teu mundo, em quê você pensa? Na tua própria lição, criada, avaliada e aceita por ti. Pequeno ser, reveja teus erros, memoriza teus acertos. A voz interior será tua melhor amiga. Nuca pense que tudo acabou, olhe para dentro de si, absorve tuas experiências, veja que isto é apenas o início de uma nova jornada.  

23 de jul. de 2011

Arte Final

A tela foi bem trabalhada. Pele morena, olhos escuros, cabelos cacheados. Era nova, guardada para ser usada por um ótimo pintor, um grande artista.
O pincel, delicado, pequeno, com suas cerdas brancas e feito com madeira nacional. Velho, usado para muitos rascunhos, nunca para uma arte final.
Numa noite, os materiais foram apresentados. A ideia da unção da tela branca frágil com fortes rabiscos do pincel experiente foi totalmente especial.
A tinta?! O forte alicerce para uma esplêndida obra. Transparente, viscosa e inodora, ela estava no ponto para ser borrada no painel.
O criador teve um pouco de trabalho, porém seu suor misturado ao cansaço resultou em uma arte que estaria totalmente seca e pronta daqui a alguns meses.
Tudo finalizado, a consequência foi uma mistura de cores, que lindo aquilo era!
Aos olhos dos julgadores, no início foi sempre uma maravilha, bonito, sorridente e angelical. À medida que a peça foi ficando velha, todos ficavam horrorizados, a madeira estava apodrecendo, o tecido rasgou-se e a pintura rachou-se.
O que se espera, é um alguém que a retoque. Apenas um renomado artista pode estudar a obra e retrabalhá-la. Há uma falta de ótimos pintores, grandes amantes da ARTE. 

Vem comigo !


Hoje eu vivo uma vida.
Sinceramente, andei evoluindo em vários aspectos, como a mente, o corpo e o espírito. Hoje eu vivo algo diferente, tudo tende, aos poucos, mudar. Meu presente tem sonhos para o futuro com a unção de resquícios do passado.
Sim, neste pouquíssimo tempo de vida, vivi momentos ruins, tempos bons. Vi, provei e senti. Foram muitas sensações nesse período. Chorei e sorri para alguns que considero especiais. Falei tudo, disse nada. Às vezes sinto a falta de coragem, tanto para dizer como calar-me. Agi e encostei-me, fiz coisas surpreendentes, mas também deixei de provar riscos, os momentos que não voltam.
Quer se aventurar comigo? Siga-me !

20 de mai. de 2011

Mata-me sem culpa


Queima-te doce criatura! Entra no fogo e faz de mim teu deus.
Sossega e bebe um pouco de chá gelado. Já basta para mim, decidi parar de abusar da tua disposição para o sexo pago, já me satisfez!
Agora vá, vá embora daqui ! Deixa-me embebedar com a mistura da uva com o etílico, leva meu dinheiro, minha compaixão e dignidade. Juro que estou enlouquecendo, o tempo entope minhas veias e faz de mim um morto.
Dá-me este punhal enterrado em teu bolso, joga-o contra mim! Eu deixo você cravá-lo em meu peito, de preferência no lado esquerdo, onde já não pulsa mais. Faça isto e fuja daqui, sem culpa. Não te preocupas, pois eu já não existo.

O meu prefixo


Vejo toda esta situação como um modo de revolução.
Meu renascimento está a caminho, é hora de abrir os olhos, destruir a escuridão e queimar minha visão com a luz do florescer.
Sim, eu nasci novamente, apenas desta vez não sai do ventre de minha mãe, mas do meu próprio arrependimento. Tive sorte, concederam-me a chance de cair e cuidar dos meus próprios vazamentos de sangue. Esta então, foi guardado em um vidro com tampa de cristal, servindo de troféu. Sua cor é vermelho cintilante, brilha como um diamante. Ganho novas cicatrizes, palavras também, para serem soltadas aos ouvidos dos desorientados.

9 de abr. de 2011

Andarilho

   
 
 Meu cabelo é ondulado assim como são as águas do mar. Das raízes, saem toda a ideia de parar e me afastar. Eles têm vida ao vento, mas morrem no silêncio. Sofrem metamorfose, variam estilos, o mesmo ocorre com as suas ideologias.
    Meus olhos têm a cor da terra que pisei, da calçada que tropecei. Nesses momentos eles se abriram, visaram o alto e partiram a chorar. Repare-os, eles brilham como a lua que vem fantasiar a noite.
   Meus lábios em desordem servem para distinguir os tons de verdade e mentira. Abertos, demonstram o que quero ao público, felicidade. Unidos e contraídos alegram uma vida a dois... a três, a quatro...por afetarem o carinho.
   Atrás se percebe uma área lisa e extensa. Minhas costas doem, por consequência da postura que trato as críticas ofensivas. Ainda não tiveram o poder de criar asas, mas sustentam um corpo capaz de fazer algo possível, melhor que voar, correr de braços abertos.
   Os braços cobertos por pelos, agasalham o frio da jornada, melhor ainda com a ajuda das mãos, onde tudo esquenta em todos os sentidos. Qualquer lugar que toco, deixo minhas impressões, sejam elas digitais e pessoais. As mãos mostram cuidados ao fazer carinho, assim como gesticular os dedos e preparar o dígito médio para ser apresentado ao público.
   Os pés suportam tudo e assim grafam minha marca por onde passo. Fixam o corpo contra a gravidade. Pregam no chão a pegada de um andarilho.    

3 de abr. de 2011

Um mundo chamado (s)eu


Quero compreender-te
Eu tento imaginar tua imaginação.
Não quero ser você, mas simplesmente ter você
Fazer esclarecer toda a minha regressão, para eu um dia julgar tua opinião.
Admiro teu poder do ‘’ eu mesmo’’, aliás, tu és o ‘’você mesmo”.
Continua na batalha para não deixar a tua marca grafada apagar com os ventos do tempo.
Aprenda a migrar interesses.
Viva o obsceno, viva transparecendo pureza. Se joga e acaba com a tristeza.

2 de mar. de 2011

Paixão Ardente, Amor pra Sempre.




Sou uma mosca sobre a tua carne fresca, sentindo teu forte cheiro de atração.
   Sou a gota de veneno florescendo tua plantação. Joga-me fora se és capaz. Usará teu antídoto contra mim? Eu duvido.
   Descalça-me, fazendo sentir o quão gelado é o chão, do qual teu corpo pode me aquecer.
   Deixa eu te levar pro mundo da perdição no meu avião da imaginação. Acelera meu coração, faz dele teu escravo da paixão.
   Ensina-me a amar, já que não sei te odiar. Induz-me ao sofrer, já que não há nada a perder.
   Quero-te, independente da situação, para abusar da minha atenção. Juro que me falta o ar, quero mesmo é te adorar.
   Humano de sorte, causador da doença do amor. Se for assim, pode me picar, eu já nem sinto dor.

Roleta Russa


Russian Roulette Roleta Russa
18: 00 h, 13/10/87,

Acabei de acordar, não estou na minha cama, sinto dores na cabeça e muito frio. O lugar é bem estranho, escuro, sujo, fedido e desconfortável. Estou fraco, sinto dores fortes, devo ter sido dopado, é difícil me levantar do chão. Não vejo quase nada, a única lâmpada do ambiente está desgastada, é um pisca-pisca irritante.
Ouço gemidos, estou acompanhado. Com o medo, minha visão volta a ser nítida, sim, há alguém ali. “Quem está aí? ’ ‘Como paramos aqui? ’ ”Ele estava debilitado como eu, demorou um pouco para se reerguer, percebi que estava bastante fraco. Perguntei seu nome, mas ele não quis responder, deve está com medo também.
Esqueço um pouco ele, agora reparo mais na saleta. Todo o ambiente está sujo de sangue, o chão e as paredes estão desgastadas. No centro, debaixo da lâmpada, há duas cadeiras e uma mesa feitas de madeira, são bem velhas. De longe vejo que algo brilha sobre a mesa, me aproximo e identifico um revolver.
Ele senta em um das cadeiras, olha pra mim e chora. Acompanho-o e sento na cadeira que sobrou, ficamos frente a frente nos olhando. Estou tentando entender toda a situação, dois caras que nunca se viram, estão em uma mesma sala, em um mesmo horário, com um revolver à vista dos dois. Sei que não adianta aos dois matar o companheiro, a sala não tem saída, é morrer ou morrer. A escolha é nossa, quem pega a arma primeiro e atira no parceiro, atirar em si próprio ou esperar e morrer de fome...
Entendi tudo agora. O jogo é a sorte. Há três balas na mesa, se não forem usadas, significa o nível do jogo. Lembre a roleta dos cassinos, escolha o número, aposte, gire a roleta, confie na sua sorte e se acertar é o grande vencedor. Aqui não, se acertar já sabe seu destino.
“A regra é simples, morrer. Quem será o primeiro jogador? Será que teremos sorte e não partir logo no primeiro tiro? É minha vez, não vejo problema, a vida já não é boa para mim, deve ser por isso que estamos aqui, por não levarmos mais consigo a ideia de que devemos viver. Todos os dias são entediantes, meus pais me odeiam por eu ter escolhido uma carreira diferente. Eles queriam que eu fosse um sucedido cirurgião. Mas não, escolhi seguir com a faculdade de moda e hoje é o meu ganha pão. Fora o meu trabalho minha vida virou uma porcaria, há oito anos, depois que fui embora da minha cidade natal e deixei o grande amor da minha vida, chamado Max. E você tem algo a me contar antes de começarmos?”. Ele balançou a cabeça positivamente, animei-me, pois agora ouviria a última história da minha vida...
Ele começou contando sobre sua esposa, disse que vive com ela há tempos, mas nunca foi feliz ao lado dela. Não era aquilo que ele queria.  “Quero me aventurar, viajar, fazer tudo que não fiz ao lado dela. Na verdade queria, pois agora não tenho como fugir daqui. Eu apenas queria pedir desculpa por ter fingido amá-la.”. Disse que não lembrava muito do passado, mas contou que amou alguém, porém não lembrava quem. Ele falou bastante sobre sua vida.
21: 12 h, 13/10/87,
 - Está na hora, chega de papo - Richard tomou a arma, pôs a munição, girou a roleta, destravou o revolver e contou... – ummm, dooois e tr... Nada aconteceu.
Richard pôs o objeto sobre a mesa, o rapaz, trêmulo, pegou a arma e fez o mesmo, “apostou na sua sorte’’.
- Meu coração bate normalmente, estou certo do que estou fazendo. O homem puxou o gatilho sem temer o fim. “Tsc’’, não era sua hora de partir.
Depois de várias rodadas, resolveram aumentar a dificuldade. Duas balas é o suficiente. Para agilizar o game, decidiram também, que um atira no outro.
- Ok, sua vez. Posso ver teu coração batendo mais rápido, você está tremendo, deve estar com frio. Infelizmente não posso te ajudar, estou sem casaco. Não posso deixar o jogo acabar por aqui. A única razão de eu estar aqui ainda é porque quero aproveitar cada segundo pensando no meu Max... Desculpa.
- Tudo bem, continue...
-Lá vai, um, dois, três, rgzhhhhh (som da roleta girando)... – O jovem gritou,
-Espera não te disse meu nome, é Max, acabei de lembrar o grande amor que tive, eu te AM... Arrgh. Suas últimas palavras foram interrompidas com um forte suspiro, a dor da morte.
Richard naquele momento atirou-se sobre a mesa para tentar salvar Max, não teve sucesso, olhou bem o rosto do falecido e reparou que era mesmo o jovem rapaz, a única diferença era a barba. Não pensou muito, tomou o revolver em frente à face, segurou a mão de Max e gritou:
- Nem a morte vai nos separar, passei toda a minha vida procurando por ti, amado, agora tenho você aqui, ao meu lado, me chamando pra seguir contigo na estrada da felicidade, da paixão, do amor. A morte é só mais um obstáculo nas nossas vidas. (Poowwrr) Ahhhrg.


 

8 de fev. de 2011

Carpe Diem


Tudo passa muito rápido. Várias vezes peguei-me fazendo coisas incertas. Vivi emoções finitas. Gostei de fazer os outros se preocuparem comigo, descobri que existo.
  Correr, mas sem pressa. Permitir que os momentos fluam livremente. Guardar o melhor para o fim e esquecer-se dessa ideia de que o bom dura pouco.
  “Aproveite o dia.”

29 de jan. de 2011

Esperando a Morte




  " No momento, estou aqui, nesta sala de espera, minha veia está perfurada com uma agulha que espirra vida. Esperando o quê ? Homens e mulheres que passaram oito anos de suas vidas sentados a frente de um mestre que não serviu de nada... esperando eles escolherem a 'sorte' dos candidatos que nunca querem ver a ''luz da salvação. '' (...)
   " Vivo na realidade dos 'pequenos', sinto pena dos que não valorizam a vida e principalmente dos que deveriam incentivá-la. " (...)
   "Quatro horas se passaram e nada. Continuo aqui, sentado na saleta do hospital. Meu principal remédio está acabando, a esperança. Agora, só espero minha vez de embarcar sem sentir, em direção ao fim, compreendendo que esta viagem não tem direito à volta. "


   Este textículo foi produzido em prol de alertar a decadência interminável dos hospitais públicos. Onde milhares de pessoas, em busca de viver, são tratadas como produtos descartáveis, que não podem ser reciclados. 

13 de jan. de 2011

Falsa Visão


Penso que desta vez eu acertei. Não me meti ao centro dos que queriam me induzir ao incerto.
Desta vez, pude enxergar corretamente. Destrui a forte muralha contra o cérebro, os olhos.
Estes, que têm o poder de enganar, estes que são a entrada da grande icógnita do corpo, o cérebro.
Bem, a cada dia venho aprendendo, domando cada vez mais o perigoso alicerce do frágil abrigo craniano, a visão, o olhar.