20 de mai. de 2011

Mata-me sem culpa


Queima-te doce criatura! Entra no fogo e faz de mim teu deus.
Sossega e bebe um pouco de chá gelado. Já basta para mim, decidi parar de abusar da tua disposição para o sexo pago, já me satisfez!
Agora vá, vá embora daqui ! Deixa-me embebedar com a mistura da uva com o etílico, leva meu dinheiro, minha compaixão e dignidade. Juro que estou enlouquecendo, o tempo entope minhas veias e faz de mim um morto.
Dá-me este punhal enterrado em teu bolso, joga-o contra mim! Eu deixo você cravá-lo em meu peito, de preferência no lado esquerdo, onde já não pulsa mais. Faça isto e fuja daqui, sem culpa. Não te preocupas, pois eu já não existo.

2 comentários:

  1. Que passagem mais deliciosamente dramática e trágica. O romance orgulhoso presente nas entrelinhas contrastando com o desespero interior... Gostei muito.

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  2. Ae cara! Parabéns pelo blog e exímias postagens :D

    Um abraço!

    S.Rïver
    http://saimonrio.blogspot.com
    http://www.youtube.com/user/riuhpvh

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